ANO
1. Nº 3. MAIO 2017
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MÊS DEDICADO À COMUNICAÇÃO
Dia 03 – Dia Mundial e Internacional da Liberdade de Imprensa Dia 05 - Dia da Língua Portuguesa e da Cultura
Dia 06 – Dia do Cartógrafo Dia 08 - Dia do Profissional de Marketing
Dia 11 – Dia da Integração do Telégrafo no Brasil Dia 17 - Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade da Informação Dia 21- Dia da Língua Nacional
Dia 24 – Dia do Datilógrafo e Telegrafia
Dia 27 - Dia Mundial dos Meios de Comunicação
Dia 31 – Dia Mundial das Comunicações Sociais
SEXTA REUNIÃO DA ALUZ FOI REALIZADA NO SÃO BENEDITO
A sexta reunião da ALUZ foi realizada no
dia 29 de abril 2017, na Rua Itamarati, 752, São Benedito. Tratou de vários
assuntos interessantes para o desenvolvimento da instituição. Com destaque ao lançamento
da 2ª. Coletânea da Aluz sob o tema Meio Ambiente. Também foi lançado a ideia
do 1º Sarau Literário.
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MAIO: REUNIÃO DA ALUZ – CONVITE
SOBRE GRAFIA
Beth
Bretas
ENCALACRAMENTO.
Adorei! Palavra gostosa de pronunciar – provoca sensação de libertação das cordas vocais.
ENCALACRAMENTO
ENCALACRAR
ENCALACRACÃO
ENCALACRÁVEL
ENCALACRADO!
Palavra que exala o significado negativo que possui em situações que ninguém quer vivenciar.
Quando escutamos essa palavra, sentimos que não é coisa boa, mas ela soa gostosamente na boca da pessoa.
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POEMA
Trem de Minas
Lá vem o trem das montanhas,
Vem lá das Minas Gerais!
Lá vem o trem, cheinho de mineiros,
Cada mineiro com “seus trem”!
No trem de ferro que vem chegando,
Chega Maria - um trem danado de bão!
Graciosa, requebrando os quadris...
Atraindo olhares... Trem de doido...
Vem com o marido,
Um trem feio de doer - ô trem esquisito!
Maria o ama... Ele a chama ‘meu trenzinho’!
Diz que faz o trem gostoso, que só vendo...
Minas tem trem gostoso,
Trem de dar água na boca...
Tem frango com quiabo na panela de pedra,
Tem pão-de-queijo quentinho e café no bule,
Tem queijo-minas molhadinho...
É trem pra ninguém botar defeito!
Trem grande, trem pequeno,
Trem zuerento, trem amuado,
Trem bobo e trem ‘chique de mais da conta’.
O mineiro nunca perde o trem,
Ri por qualquer trem,
Não deixa a festança por trem nenhum,
É uma belezura que só vendo.
Se o trem tá feio, ainda vai melhorar,
Se tá feliz, é porque o trem tá bunito, uai!
Só cês vendo os trem daqui
Pra saber como essa terra é
boa, sô!
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SAUL MARTINS, PESQUISADOR DE FOLCLORE,
UM INTELECTUAL MINEIRO
SEBASTIÃO BREGUEZ
Saul Martins (Januária, 1917, BH,
2009)
O professor Dr. Saul Alves Martins, Presidente de Honra da Comissão
Mineira de Folclore, faleceu 11 de dezembro de 2009, em Belo Horizonte.
Seu enterro aconteceu no Cemitério do Bonfim. O velório foi anexo
três do mesmo local. Estiveram presentes dezenas de professores, intelectuais,
oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais, folcloristas da Comissão Mineira
de Folclore e amigos. O Presidente da Academia de Letras da Polícia
Militar, Coronel João Batista, foi o primeiro a falar e apontou as inúmeras
obras literárias de Saul como poeta e escritor. O jornalista Carlos Felipe,
Presidente da Comissão Mineira de Folclore falou em nome dos folcloristas
mineiros, uma vez que Saul era o único membro vivo dos 28 intelectuais que
fundaram a CMFL, em 19 de fevereiro de 1948, uma das primeiras instituições de
pesquisa de folclore do país. Também discursou o professor e jornalista Sebastião
Breguez que foi amigo pessoal de Saul e era considerado como filho por ele.
Saul Martins foi coronel da Polícia Militar de Minas Gerais e é autor do
Hino da PM mineira. Era formado em Ciências Sociais e doutorou-se em
Antropologia com tese sobre o Artesanato Brasileiro. Foi professor da UFMG até
se aposentar.
Saul é mineiro de Januária, onde nasceu a primeiro de novembro de
1917, doutor e Ciências Sociais, professor de Antropologia, pesquisador, poeta e
folclorista. Foi presidente do Conselho Diretor das Escolas Caio Martins,
nos anos de 1962 e 1963 membro do Conselho Universitário da Pontifícia Universidade
Católica de Minas Gerais, por dois anos, e Chefe do Departamento de
Sociologia e Antropologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da
UFMG, de 1970 a 1973.
Em 1951, em concorrido certame, a Academia Mineira de Letras considerou
seu soneto Flores do Campo um dos dez melhores da fase
contemporânea, em Minas Gerais. No ano seguinte, a Discoteca Pública Municipal de
São Paulo premiou sua monografia Artes e Ofícios Caseiros. Prêmio em Dinheiro.
Participou de todos os Congressos de Folclore realizados no Brasil,
tendo sido relator, no último destes. Representou o Estado de
Minas Gerais no Congresso Internacional de Folclore, que reuniu especialistas
de 32 países em São Paulo, durante o IV Centenário. De novo, por expressa delegação do Governador,
representou Minas Gerais no Distrito Federal, por ocasião do VII Congresso
Brasileiro de Folclore, realizado em 1974.
Foi membro do ex-Conselho Estadual de
Cultura Popular do Estado e Coordenador do Programa Comemorativo do
Sesquicentenário da Independência do Brasil, em Minas Gerais. Coordenou inúmeras semanas,
festivais e exposições em Belo Horizonte para estudo e divulgação de cultura popular e vem
ministrando cursos ligados à Antropologia, ao Folclore e
Artesanato em muitos lugares do País, inclusive em nível de
pós-graduação, como o que foi dado na Universidade do Amazonas, em 1975.
Presidente de Honra da Comissão
Mineira de Folclore, único sobrevivente e um de seus fundadores, membro do
Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, da
Societé Internationale d’Ethnologie et de Folklore, com sede em Liége,
Bélgica, da Academia Municipalista de Letras, da Academia de Letras Municipais
do Brasil e membro correspondente das Academias Conquistense (Bahia),
Itajubense e Juiz-Forana (Minas Gerais) de Letras. Membro Fundador
da Academia de Letras João Guimarães Rosa da Polícia Militar de Minas Gerais e
Presidente do Conselho Superior.
Foi Mestre do Ano, em 1963, personalidade destaque em 1976 e em 1977,
ganhador dos Troféus "Antero de Alencar" em 1978, e "Alferes
Tiradentes" em 1984.
Em maio de 1979, a convite da Universidade Nacional de Córdoba,
República Argentina, participou do Seminário sobre Patrimônio Artesanal. Tem
várias obras publicadas e outras a sair. Seu livro sobre o bandoleiro Antônio Dó, cangaceiro mineiro, serviu
de roteiro para filme de longa-metragem, colorido, hoje rodando no circuito
comercial. Participou do I Simpósio Nacional sobre Folclore, realizado em
Olímpia, Estado de São Paulo, no período de 14 a 17 de agosto de 1986, tendo
atuado como Vice-Presidente por escolha unânime dos colegas folcloristas.
Foi agraciado com 45 MEDALHAS, sendo
oito destas de ouro, 16 placas de prata; uma miniatura do espadim da Academia
de Polícia Militar de Minas Gerais, e um suporte com placa da E.F.M.M. (Estrada
de Ferro Madeira Mamoré), Porto Velho, Rondônia.
Cidadão Honorário de Belo Horizonte
(Resolução 900, de 28 de abril de 1987) e Cidadão Honorário de Bonito de Minas.
Recebeu do Vice-Presidente da República, o título de "Construtor do Progresso".
Belo Horizonte, 26 de agosto de 2005.
BIBLIOGRAFIA DE SAUL MARTINS
1. A Dança-de-São
Gonçalo. Edições Mantiqueira. Belo Horizonte. 1954.
2. Artes e Ofícios
Caseiros. Separata da Revista do Arquivo, CLXIV. São Paulo. 1959.
3. Os jogos infantis e
as cantigas de roda. Centro Regional de Pesquisas Educacionais. INEPMEC. Belo
Horizonte. 1962.
4. 0 Artesanato no
Serro. Imprensa Oficial. Belo Horizonte. 1964.
5. Uma Oficina em cada
Lar. Edição da Secretaria do Trabalho e Cultura Popular. Belo Horizonte. 1964.
6. A Indústria Caseira
em Pitangui. Imprensa Oficial. Belo Horizonte. 1966.
7. Proteção ao
Artesanato. Imprensa Oficial. Belo Horizonte. 1966.
8. Os Barranqueiros.
Centro de Estudos Mineiros. UFMG. Belo Horizonte. 1969.
9. 0 Museu e a
Pesquisa Artesanais. Editora da Academia Patense de Letras. Patos de Minas.
1969.
10. Contribuição ao
Estudo Cientifico do Artesanato. Imprensa Oficial. Belo Horizonte. 1973.
11. 0 Artesanato na
região de Barreiras (nota previa). Campus Avançado da UFMG. Barreiras. Bahia.
1973.
12. Arte e Artesanato Folclóricos.
MEC-FUNARTE-CDFB. Rio de Janeiro. 1976.
13. Arte Popular
Figurativa. Edições Carranca. Belo Horizonte. 1977.
14. Folclore: Teoria e
Método. Imprensa Oficial. Belo Horizonte. 1986.
15. O Misterioso Número
Três. Edições Carrancas. Belo Horizonte. 1987.
16. Congado: Família de
Sete Irmãos. SESC-MG. Belo Horizonte. 1988.
17. Folclore em Minas
Gerais. Editora UFMG. Belo Horizonte. 1991.
18. Panorama Folclórico.
SESC-MG. Belo Horizonte. 2004.
19. Antônio Dó.
Imprensa Oficial de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1967.
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EXPEDIENTE
O
LUZIENSE é órgão oficial da Academia Luziense de Letras.
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Presidente José França. Vice-Presidente: Antônio de Pádua Galvão. Secretario:
Maria Anésia Elias Dias. Tesoureiro: Livingston Marlison Siqueira.
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